Pela despesa do ensino supletivo!

"Compreende-se que, divididos entre o interesse pelo proselitismo cultural, ou seja, pela conquista do mercado pela autodivulgação que os leva a pender para os empreendimentos de vulgarização, e a ansiedade por sua distinção cultural, única base objectiva de sua raridade, os intelectuais e os artistas mantêm - com tudo o que toca à 'democratização da cultura' - uma relação de extrema ambivalência. [...] Tentam escapar à contradição ao operarem uma dissociação entre o que é desejável para os outros e o que é desejável para eles próprios. [...] Pelo facto de que o poder distintivo das posses ou dos consumos culturais [...] tende a diminuir com o aumento do número absoluto daqueles que estão em condições de sua apropriação, os ganhos de distinção seriam destinados ao definhamento" (Bourdieu, 2007 [1979]).



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